31.10.09

Happy Halloween!



















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“Eu não creio em bruxas, mas que elas existem, elas existem.”
Miguel de Cervantes

7.10.09

C de Cinema: matiné de feriado

Parece praga. Sempre que um fim-de-semana prolongado se aproxima fico doente. Este não fugiu à regra. Comecei a sentir os primeiros sintomas ainda a tarde de sexta-feira ia no início, e não quis crer que fosse gripe. Assim que cheguei a casa já não havia nada a fazer. Já não ia lá com as mezinhas do costume, era tarefa para um bendito comprimido.
Passei o Sábado enrolada com os lençóis, lavada em febre que teimava em querer baixar e com uma dor de cabeça lancinante que anulava qualquer tentativa repentina de querer sair da cama.
Mas eis que no Domingo, com o sol a deitar-se, comecei a ver e a sentir sinais de melhoras.
A segunda-feira amanheceu a condizer com o meu estado de espírito – obrigava ao recolhimento. Bastante melhor, decidi mudar-me para a sala, acompanhada de uma manta de franjas bem quente, uma chávena com chá e torradas barradas com manteiga. Seguindo as minhas pegadas veio um gato que não perde este tipo de oportunidade para esticar as patas e aninhar-se junto a mim, tamanha é a satisfação.
Ligo a TV e rezo para que tenham preparado uma programação a pensar em quem fica em casa num feriado e rezo também para que não seja uma programação de fazer perder a paciência ou que insulte a inteligência do mais comum dos mortais. Chega de repetições, comemorações, festivais e afins. Estávamos assim, os dois, preparados para uma matiné de Domingo à tarde em tarde de Segunda-Feira.
Não consegui prestar atenção à caixinha por muito tempo. Não sei se contagiada pela preguiça daquele que estava ao meu lado, se pela qualidade da emissão (não consegui que as minhas preces fosses ouvidas), acabei adormecendo.

Acordei com as façanhas de um pequeno rato - Stuart Little e companhia – e apesar de estar quase no fim sinto que assisti à melhor parte do filme.
Stuart Little despedia-se com pesar da sua nova amiga Marlo, que precisava juntar-se ao bando e voar para Sul para fugir aos rigores do Inverno. Esta sabia-se pequena e frágil para encetar tamanha viagem e, apesar de ser livre para o fazer pela primeira vez, tinha medo. A ideia de deixar o seu pequeno amigo também não ajudava.
Stuart conforta-a dizendo: “TENS O TAMANHO QUE SENTIRES” e tenta ver o lado bom das coisas: Marlo estaria de volta com a Primavera.
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A frase fica no ouvido. O som das palavras perdura num eco surdo. Pensamos que precisamos explicá-las, dissecá-las e juntá-las outra vez dando-lhes outro sentido...mas, por mais que tentemos, nenhum outro consegue fazer-nos sentir o mesmo. Há palavras assim.