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2.11.09

M de Mudança: um novo começo!

Depois de uma prolongada e sentida ausência, estou de volta!
As coisas levaram o seu tempo a ficar definidas. O Tempo foi passando, sem deixar o seu rasto habitual, mas trazendo aquilo que chamamos uma lufada de ar fresco.
Recordo apenas as coisas boas que ficaram para trás: a segurança de uma rotina, o sorriso de uma cara conhecida e sempre bem-disposta, as conversas de sexta-feira à tarde e a muleta da amizade desinteressada, difícil de encontrar em qualquer local de trabalho.
Não é que esteja perdida para sempre! Está apenas a um andar de distância e ainda assim sinto que algo mudou. Perdeu-se a convivência diária e com ela um elo precioso.

O meu novo lugar ficou finalmente definido na nova engrenagem. Resta esperar que a mão ponha a máquina de novo a funcionar.
Os dados foram baralhados, lançados, aguarda-se o resultado.

Quanto a mim, mais um passo de um longo caminho. E até onde a vista desarmada o permite, só consigo ver um enorme ponto de interrogação.
O que vai acontecer? Não sei, mas irei descobrir muito em breve...

9.9.09

D de Desafios: ousar viver

Fernando Pessoa deixou escrito haver um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas e esquecer os caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares.
Não é fácil deixar para trás a segurança das "roupas usadas". Levámos algum tempo a fazer os ajustes necessários para que ficassem perfeitas e agora que nos pedem para as colocarmos de lado, não podemos deixar de sentir alguma relutância em fazê-lo, muitas vezes apenas por uma questão de comodidade. Os hábitos acumulados moldaram a nossa forma de estar e pensar em mudar isso agora deixa-nos com os nervos em franja.

Os nossos dias foram caindo numa rotina confortável em que não nos era exigido mais do que o necessário para que a máquina não parasse. Trataram de olear bem a engrenagem de forma a manter a vontade cativa e direccionada para os lugares de sempre.
Mas eis que chega o dia em que nos obrigam a ponderar se queremos ser apenas mais uma peça da engrenagem ou se queremos ser a mão que põe a máquina a funcionar.
O caminho é sinuoso.

Ninguém disse que iria ser fácil aprender a pensar e a caminhar de novo.
Mas se não ousarmos fazê-lo, ficará para sempre a dúvida, e se...
Alimentada por um arrependimento crescente acabará por roubar-nos a vontade e atirar-nos para um estado de alheamento em que mais não fazemos do que amaldiçoar o peso que a vida ganhou subitamente.
E antes que seja tarde, é preciso parar para pensar: vamos continuar a culpar tudo e a todos por não termos tido a coragem necessária para arriscar ou vamos fazer algo para mudar isso e começar a escrever a nossa história de uma vez?